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Festival de Jazz do Valado de Frades

 

 

 

Jazz no Valado 2016

 

Com uma programação inteiramente nacional e poucas leviandades, o Valado Jazz persiste no panorama nacional como um fenómeno de longevidade e consistência, e a programação de 2016 não fugiu à regra. Dois concertos de dixieland pelos DixieNaza Jazz Band, os standards de Cole Porter cantados por Cristina Branco acompanhada ao piano por João Paulo, o Jazz eléctrico dos Metamorphosis de Gileno Santana, os Mano a Mano, quarteto com duas guitarras em primeiro plano - os irmãos Santos, Bruno e André -, o grupo de fusão de Nanã Sousa Dias, o Jazz cerebral, contido de César Cardoso, e o Jazz incontido de Ricardo Toscano, constituíram o programa do Jazz no Valado, que já vai na 19.ª edição.
Atenção: 19 é um número a menos que 20! Aguarda-se festa rija em 2017!

Só assisti ao concerto de Nanã Sousa Dias, um saxofonista há muito retirado das lides.

 

Nanã Sousa Dias
Nanã Sousa Dias não desmente a influência de Michael Brecker, que se adivinha desde os primeiros acordes, na sonoridade volumosa do saxofone tenor e até nos temas - o concerto abriu com «African Skies», uma composição de Brecker.
O grupo revelou-se sempre muito coeso, numa fórmula de fusão assumida, com um guitarrista que é um discípulo de Pat Metheny (outro dos autores invocados), um baixista que se cola com frequência a Jaco Pastorius, um baterista impulsivo que prefere os binários e um pianista que, mesmo se destoa na fórmula, se revela sempre assertivo nas intervenções. Aliás, este é um dos poucos pianistas nacionais que parece ter sido capaz de se libertar do peso da formação clássica, acrescentando um peso nos dedos e uma fluidez no discurso que faz dele um dos mais interessantes pianistas da nova geração.
Para além do referido tema de Brecker, o grupo tocou um tema de Pat Metheny, «Song From Bilbao», dois de Joey Calderazzo, «Midnight Voyage» e «El Niño», e cinco outros saídos da pena de Sousa Dias, «Namib» – acid jazz, um blues, «Blues à Besta», «Nunca Mais Nem Menos», um outro de que não apanhei o nome e «Ponta de Sagres», já no encore.
Grupo muito sólido, com bons músicos, revelando um gosto e uma alegria em palco invulgares – e dir-se-ia que poderiam tocar toda a noite e, pelo entusiasmo que comunicavam, que o público os poderia ficar a ouvir toda a noite.
Foi um prazer assistir ao regresso de Nanã Sousa Dias.

Abril          
Ter 5 Nazaré
Centro Escolar da Nazaré
16.30 DixieNaza Jazz Band  
Qua 6 Valado dos Frades
Centro Escolar de
Valado dos Frades
16.30 DixieNaza Jazz Band  
Qui 7 Valado dos Frades
BIR
22.00 Cristina Branco, João Paulo Esteves da Silva
«Night Porter»
Cristina Branco (voz), João Paulo Esteves da Silva (p)
Sex 8 Valado dos Frades
BIR
22.00 Metamorphosis Gileno Santana (t), Sérgio Alves (tec), Pedro Peixe (g), Sérgio Marques (b), José Marrucho (bat)
Sáb 9 Valado dos Frades
BIR
22.00 Mano a Mano Bruno Santos (g), André Santos (g), António Quintino (ctb), Luís Candeias (bat)
Maio  
     

Qui 5

Valado dos Frades
BIR
22.00 Nanã Sousa Dias Quinteto Nanã Sousa Dias (s), Óscar Graça (p), João Rato (g), Nuno Oliveira (b), Alexandre Alves (bat)
Sex 6 Valado dos Frades
BIR
22.00 César Cardoso Quarteto César Cardoso (st), Bruno Santos (g), Demian Cabaud (ctb), André Sousa Machado (bat)
Sáb 7 Valado dos Frades
BIR
22.00 Ricardo Toscano Quarteto Ricardo Toscano (sa), João Pedro Coelho (p), Romeu Tristão (ctb), João Pereira (bat)